O partido do governo da Costa do Marfim afirmou retirar-se do governo de transição e das conversações sobre o futuro da dividida nação.
O partido do governo da Costa do Marfim afirmou retirar-se do governo de transição e das conversações sobre o futuro da dividida nação. Os apoiantes do governo mantiveram outro dia de protestos contra o que eles consideram interferências das Nações Unidas (ONU) e da França. O secretário-geral da ONU, Kofi annan, pediu o fim imediato do que ele considera violência organizada. Porém, o partido do governo afirma que o mundo falhou à Costa do Marfim e que as tropas francesas e da ONU devem abandonar o país.
Na principal cidade do país, abidjan, os manifestantes controlam as principais ruas. Na zona ocidental do país, uns mil manifestantes invadiram as instalações da ONU em Guiglo. Mas todos estes protestos estão a ser feitos de um modo relativamente Pacífico.
a Costa do Marfim encontra-se dividida desde Setembro 2002, quando os rebeldes tomaram começaram a controlar o norte.
a situação é muito complexa. Os apoiantes do presidente Laurent Gbagbo estão furiosos com os mediadores internacionais, escolhidos pela ONU para ajudar a preparar as eleições deste ano, pois estes pedem a dissolução do parlamento, que em larga medida apoia o presidente. a Frente Popular Marfinense (FPM) acusa a comunidade internacional de estar a tentar um “golpe de estado constitucional”. O seu líder, Pascal affi N”Guessan, disse que os sete ministro da FPM vão abandonar o governo de unidade nacional, afirmando que seria necessário um “governo de libertação” para expulsar os rebeldes do norte do país.
Segundo os analistas, a proposta de dissolver o parlamento visa fortalecer a autoridade do primeiro-ministro Charles Konan Banny, assegurando que os deputados não bloqueiam as tentativas de implementar o processo de paz, como já aconteceu no ano passado. Para os apoiantes de Gbagbo, se o mandato do parlamento não for renovado isso significa que os estrangeiros estão a impôr a sua vontade na Costa do Marfim.