Secretário-geral das Nações Unidas considera que o terrorismo está «profundamente enraizado na falta de esperança e no desespero» e que parte da solução para a resolução do problema passa pelo respeito pelos direitos humanos
Secretário-geral das Nações Unidas considera que o terrorismo está «profundamente enraizado na falta de esperança e no desespero» e que parte da solução para a resolução do problema passa pelo respeito pelos direitos humanos O terrorismo é fundamentalmente a negação e destruição de direitos humanos e a luta contra este fenómeno nunca terá êxito perpetuando a mesma negação e destruição, alertou o secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, na Escola de Estudos Orientais e africanos, na Universidade de Londres. Para o líder da ONU, o terrorismo está profundamente enraizado na falta de esperança e no desespero e prospera quando as pessoas marginalizadas encontram apenas indiferença e niilismo. Por isso, defende que todos os direitos humanos, incluindo direitos económicos, sociais e culturais, são, sem dúvida, uma parte da solução na luta contra este flagelo. O ano passado, pelo menos 11 mil ataques terroristas ocorreram em mais de 100 países, resultando em mais de 25 mil mortes e 33 mil pessoas feridas. Para conter esta onda de violência, Guterres aponta cinco prioridades: cooperação internacional, prevenção, defesa dos direitos humanos, vencer a batalha das ideias e erguer as vozes das vítimas contra o terrorismo.