Inspetores de direitos humanos da ONU visitaram vários centros de detenção para migrantes e encontraram milhares de pessoas a viver em condições degradantes, com fome e sujeitas a abusos
Inspetores de direitos humanos da ONU visitaram vários centros de detenção para migrantes e encontraram milhares de pessoas a viver em condições degradantes, com fome e sujeitas a abusos O alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou esta semana as condições horríveis em que se encontram os migrantes nos centros de detenção da Líbia. Vários inspetores visitaram os espaços e descobriram milhares de pessoas em condições insalubres, com fome, sem acesso aos serviços básicos e sujeitas a abusos físicos, incluindo trabalho forçado e violência sexual. Muitos dos migrantes já estiveram expostos ao tráfico, sequestro, tortura, violações e outro tipo de violência sexual, trabalho forçado, exploração, violência física severa, fome e outras atrocidades durante a sua viagem através da Líbia. O sofrimento a que são submetidos agora é uma ofensa à consciência da humanidade, afirmou o alto Comissário para os Direitos Humanos, Zeid al Hussein. No início deste mês, o departamento líbio de combate à migração ilegal tinha registadas cerca de 19 mil pessoas nos centros geridos pelo governo. aos inspetores da ONU, um migrante explicou que esteve detido num armazém com mais 2. 000 pessoas, onde nem as casas de banho funcionavam. E váris mulheres testemunharam ter sido vítimas de violência sexual por parte de traficantes e guardas dos centros de detenção.