Um ano depois da entrada em vigor do acordo de Paris, os compromissos dos países cobrem apenas um terço da redução necessária para conter o aquecimento global
Um ano depois da entrada em vigor do acordo de Paris, os compromissos dos países cobrem apenas um terço da redução necessária para conter o aquecimento globalO diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUE, na sigla em inglês), Erik Solheim, alertou esta semana para a diferença catastrófica entre as promessas dos Estados de limitação de emissões de gases de efeito estufa e as ações necessárias para conter o aquecimento global a menos de dois graus centígrados. Os compromissos atuais dos Estados cobrem apenas um terço da redução de emissões necessária, o que abre uma brecha perigosa, anunciadora de grandes desajustes climatéricos – secas, inundações e superfuracões -, sublinha o responsável, acrescentando que, um ano depois da entrada em vigor do acordo de Paris, estamos longe de fazer o necessário para impedir uma vida de miséria a centenas de milhões de pessoas. a poucos dias do início da Cimeira sobre alterações climáticas, em Bona, na alemanha, o ministro da Costa Rica e presidente em exercício da assembleia das Nações Unidas para o Meio ambiente, Edgar Espeleta, lamenta que a dinâmica dada à ação climática pelo acordo de Paris se esteja a debilitar. Segundo o PNUE, a revisão dos compromissos nacionais, prevista para 2020, será a última oportunidade para traçar a trajetória correta para 2030. Se assim não for, é extremamente improvável que o mundo fique abaixo do objetivo dos dois graus centígrados para o aquecimento global.