Organização de defesa dos direitos humanos acusa governo argelino de expulsar mais de 3. 000 migrantes, sem lhes ter dado uma oportunidade de apelarem da decisão
Organização de defesa dos direitos humanos acusa governo argelino de expulsar mais de 3. 000 migrantes, sem lhes ter dado uma oportunidade de apelarem da decisão a organização não governamental Human Rights Watch (HRW) acusa o governo da argélia de ter deportado mais de 3. 000 migrantes subsarianos para o Níger, em finais de agosto, sem que os visados tivessem tido a oportunidade de recorrer da decisão. Em comunicado, refere-se que entre as pessoas expulsas figuram migrantes que viviam e trabalhavam no país há anos, grávidas e famílias com recém-nascidos. Nada justifica deter pessoas pela sua cor de pele e deportá-las em massa. O poder de um país para controlar as suas fronteiras não é uma licença para tratar as pessoas como criminosos ou assumir que não têm direito a estar ali pela sua raça ou etnia, afirmou a diretora da HRW para o Médio Oriente e Norte de África, Sarah Leah Whitson. Testemunhos recolhidos pela organização de defesa dos direitos humanos indicam que os migrantes foram detidos na rua, em zonas de construção onde trabalhavam ou em suas casas, transferidos para um centro de acolhimento na capital da argélia, depois para um acampamento, e daí seguiram para o Níger. Em julho, um responsável do governo havia afirmado que os migrantes são uma fonte de criminalidade e drogas, e que as autoridades deviam proteger a população do caos. Uma posição secundada pelo ministro das Relações Exteriores, abdelkader Mesahel, que se referiu aos migrantes como uma ameaça para a segurança nacional.