Conselho Indigenista Missionário reunido em assembleia Geral para assinalar o 45º aniversário e definir estratégias futuras para os retrocessos impostos aos direitos indígenas pelas novas políticas governamentais Conselho Indigenista Missionário reunido em assembleia Geral para assinalar o 45º aniversário e definir estratégias futuras para os retrocessos impostos aos direitos indígenas pelas novas políticas governamentais O CIMI ao serviço dos povos indígenas: teimosia e esperança na afirmação da vida. Este é o tema da XXII assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que reúne esta semana missionários e missionárias, convidados e lideranças indígenas no Centro de Formação Vicente Canas, em Luziânia (GO), no Brasil. Orientado para a organização interna e para a auscultação dos líderes indígenas, o encontro terá espaço para homenagear os mártires, para celebrar a esperança e a paz, mas dá prioridade à voz das comunidades. Queremos ouvir o clamor destes povos, sujeitos históricos das suas próprias vidas. Vivemos uma conjuntura política que trás desafios e entendemos que os povos indígenas possuem respostas de resistência e esperança, explica Cleber Buzatto, secretário executivo do CIMI. Para Egon Heck, um dos fundadores da organização, a amazónia sempre foi, é e será, um grande desafio no futuro: São grandes os interesses económicos a enfrentar. Conseguimos aumentar a presença missionária no Regional Norte I, o que será uma motivação para esse trabalho tão importante. Já a atual coordenadora da região norte, adriana Huber azevedo, destaca que apesar de ser a região com mais terras indígenas demarcadas, há cerca de 180 territórios com processos pendentes, sendo que destas aproximadamente 130 nem sequer tiveram qualquer tipo de encaminhamento por parte da Fundação Nacional do Índio (FUNaI). as terras indígenas já demarcadas sofrem com invasões, grandes empreendimentos estatais e privados, garimpos e madeireiros. Há informações preocupantes sobre massacres contra povos indígenas em situação de isolamento voluntário, lamenta a responsável.