Michael Mangoria lida com as populações dos campos de refugiados do Sudão do Sul, onde o contacto entre diferentes etnias resulta muitas vezes em conflitos. Perante este cenário, o prelado apela à «verdadeira paz»
Michael Mangoria lida com as populações dos campos de refugiados do Sudão do Sul, onde o contacto entre diferentes etnias resulta muitas vezes em conflitos. Perante este cenário, o prelado apela à «verdadeira paz»Nos nove campos de deslocados do Sudão do Sul procuramos fazer com que os vários refugiados vivam em paz, porque continuam a confrontar-se, lamentou Michael Didi adgum Mangoria, arcebispo de Cartum. O prelado salienta que a guerra civil no país, iniciada no final de 2013, assumiu imediatamente uma dimensão étnica, que se reflete nos campos de refugiados.

Cada comunidade étnica vive em lugares separados, mas encontram-se nos poços, onde muitas vezes se verificam disputas entre duas ou três pessoas que degeneram em confrontos comunitários antes que se possa intervir para evitar a generalização do conflito, explica o arcebispo.

Em declarações à agência Fides, o religioso disse que tenta fazer o melhor que consegue para resolver a problemática do tribalismo nos campos de refugiados, e admitiu que ficou entristecido quando tomou conhecimento que num dos campos de deslocados várias comunidades étnicas construíram pequenas cabanas para se reunirem para o culto, com base nas suas afiliações tribais. O tribalismo é um mal muito grave e que não deve ser tolerado, referiu.

Michael Mangoria acredita que os políticos alimentam o tribalismo para promover os seus interesses. Continuai a rezar por nós enquanto nós rezamos por vós, na esperança que um dia os nossos líderes políticos deixem de brincar com as emoções das pessoas, alimentando a animosidade tribal, para que possamos gozar da verdadeira paz, apelou.