autoridades de Myanmar estarão a preparar-se para vender as colheitas das produções abandonadas pelos agricultores que fugiram da violência, para o vizinho Bangladesh
autoridades de Myanmar estarão a preparar-se para vender as colheitas das produções abandonadas pelos agricultores que fugiram da violência, para o vizinho Bangladesh Os elementos da minoria rohingya que fugiram para o Bangladesh por causa da repressão das forças de segurança não poderão recuperar as suas terras e cultivos caso regressem, porque a lei de Myanmar os considera imigrantes ilegais e por isso não lhes reconhece o direito à propriedade. as autoridades estarão inclusivamente a preparar-se para vender as colheitas dos campos abandonados. a líder de Myanmar (ex-Birmânia), aung San Su Kyi assegurou que quem conseguisse provar que vivia no país, antes do êxodo que levou quase 600 mil rohingya a fugir, poderia regressar. Mas alguns funcionários do plano de repatriamento ouvidos pelas agências internacionais revelaram que já há planos para vender as colheitas dos campos abandonados e, com os lucros, construir aldeias modelo para alojar os rohingya. as autoridades estimam que 589 mil muçulmanos rohingyas e 30 mil não muçulmanos que fugiram do estado de Rakine devido à violência deixaram para trás cerca de 29 mil hectares de plantações de arroz, que devem ter a colheita terminada até janeiro próximo. Para o sub-diretor da organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) para a Ásia, o governo de Myanmar devia pelo menos garantir que as colheitas seriam utilizadas para ajuda humanitária e não para alcançar lucros. Não se pode declarar sem dono um arrozal depois de utilizar a violência e os incêndios para expulsar os proprietários, sublinha Phil Robertson.