O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, na sua recente visita à Espanha obteve um acordo de colaboração pleno por parte do governo e de organizações empresariais espanholas.
O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, na sua recente visita à Espanha obteve um acordo de colaboração pleno por parte do governo e de organizações empresariais espanholas. a cooperação e o investimento procedentes de Espanha serão destinados ao apoio de políticas contra a pobreza e a exclusão na nação sul-americana.
Morales, primeiro indígena boliviano a ser eleito presidente, deu uma sí­ntese dos seus propósitos numa conferência de imprensa. afirmou estar de acordo com a incorporação plena da Bolívia no Mercosur (Mercado Comum do Sul), querer a permanência na Comunidade de Nações andinas e pretender negociar um acordo de liberdade de comércio com os Estados Unidos, desde que estes tratados impliquem um comércio justo.
“Queremos soluções para as maiorias e não para as transnacionais que invadem mercados, destruindo as pequenas e médias empresas”, frisou. Na sua opinião, isso não constitui um obstáculo à garantia de segurança jurídica que exigem as corporações apoiadas pelo governo espanhol. “Mas a segurança jurídica deve ir acompanhada pela segurança social”.
“O presidente de Espanha, José Luís Rodrigues Zapatero, mostrou-se muito sensível às preocupações sociais”, disse Morales aos jornalistas, depois de uma reunião de duas horas, muito mais longa que o previsto.como prova dessa sensibilidade, Madrid vai perdoar “uma parte substancial” da dívida da Bolívia para com a Espanha, de mais de 100 milhões de euros, em troca de projectos educativos, informou o presidente eleito boliviano.
Este mecanismo, que já se aplica ao Equador, visa destinar o montante previsto para pagar a dívida externa a projectos de educação. a Bolívia deve destinar a estes projectos o equivalente em moeda nacional ao montante da dívida perdoado, e a Espanha complementará o financiamento.com esta iniciativa a Espanha aumenta substancialmente a ajuda à Bolívia, que de 43 milhões de euros em 2004 vai passar a uns 60 milhões em 2006.