Quando existem «alimentos suficientes para todos», mas «milhões de pessoas no mundo sofrem de fome», cidadãos de diferentes religiões vão reunir-se em Lisboa para analisar este problema e refletir sobre formas de o atenuar
Quando existem «alimentos suficientes para todos», mas «milhões de pessoas no mundo sofrem de fome», cidadãos de diferentes religiões vão reunir-se em Lisboa para analisar este problema e refletir sobre formas de o atenuarNo Dia Mundial da alimentação, assinalado na próxima segunda-feira, 16 de outubro, vão jantar à mesma mesa Sheik Munir, imã da Mesquita de Lisboa, José Vieira, sacerdote missionário Comboniano, Francisco Sarmento, responsável da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO) em Portugal, e Eduardo Diniz, da Comissão Nacional de Combate ao Desperdício alimentar, entre outros.

O encontro terá lugar na Mesquita de Lisboa e deverá iniciar pelas 19h30, com um jantar buffet, seguindo-se a tertúlia À mesa com e testemunhos das confissões religiosas. Está também prevista a presentação de um manifesto por uma alimentação adequada para todos. O encerramento está previsto para as 23h30.

O “Encontro Inter-Religioso pelo Direito Humano à alimentação” vai decorrer sob o tema Todos à mesa por uma mesa para todos. as inscrições podem ser feitas até ao dia anterior ao jantar-tertúlia, para o endereço eletrónico margarida. alvim@fecongd.org ou mabed. g@gmail.com. a iniciativa é organizada em conjunto pela Comunidade Islâmica de Lisboa e pela Fundação Fé e Cooperação (FEC). O encontro une-se à participação do Papa nas comemorações desta data na FaO de Roma, em Itália.

Hoje em dia o planeta produz alimentos suficientes para todos e, no entanto, mais de 800 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome. Os conflitos crescentes e prolongados, o efeito das alterações climáticas e o desinvestimento nas zonas rurais são factores que têm vindo a agravar a realidade deste Direito Humano básico, que está no coração da agenda 2030 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis). Todos somos necessários e responsáveis por não deixar ninguém para trás. Que o nosso lugar à mesa nos torne conscientes e solidários com todos os que não têm esse lugar, apelam os organizadores.