Numa carta aberta, acusam o executivo de estar a destruir as terras e a atacar os direitos dos povos indígenas, em nome «do lucro e do poder». as tribos isoladas são as mais afetadas
Numa carta aberta, acusam o executivo de estar a destruir as terras e a atacar os direitos dos povos indígenas, em nome «do lucro e do poder». as tribos isoladas são as mais afetadas O líder da tribo yanomami, Davi Kopenawa, o líder dos Kayapó, Raoni Metuktire, e a ativista e líder do Guajajara, Sonia Bone, publicaram uma carta aberta onde acusam o governo brasileiro de estar a atacar fortemente os direitos indígenas e a provocar um genocídio no país. O governo está a destruir os povos indígenas, os primeiros povos do nosso país. Em nome do lucro e do poder, as nossas terras estão a ser roubadas, as nossas florestas queimadas, os nossos rios poluídos e as nossas comunidades devastadas. Os nossos parentes isolados, que vivem no interior da floresta, estão a ser atacados e mortos, afirmam os autores do documento. Em resposta às crescentes preocupações sobre as alegadas ligações do governo Temer com a bancada ruralista, notoriamente anti-indígena, os três líderes admitem estar a sofrer um dos ataques mais agressivos dos últimos tempos: O governo está a retirar a proteção das nossas terras e a mudar as leis para permitir a expansão do agro-negócio e da mineração. Não queremos que as riquezas das nossas terras sejam roubadas e vendidas. Protegemos a nossa floresta porque ela nos dá vida. O que está a ocorrer no Brasil é uma crise humanitária urgente e terrível, e precisamos do máximo possível de pessoas para deixar claro às autoridades que essa perseguição tem que acabar. O governo brasileiro está a realizar uma campanha estruturada para enfraquecer os direitos indígenas, e está deliberadamente a deixar os territórios de tribos isoladas abertos às invasões, alerta, por sua vez, o diretor da Survival Internacional, uma plataforma de apoio aos povos indígenas.