Relatório das Nações Unidas documenta ataques coordenados pelas forças de segurança de Myanmar, para impedir o retorno dos elementos da minoria rohingya ao país Relatório das Nações Unidas documenta ataques coordenados pelas forças de segurança de Myanmar, para impedir o retorno dos elementos da minoria rohingya ao país a recolha de testemunhos junto dos deslocados que se refugiaram no Bangladesh, levaram o alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos a concluir que as forças de segurança de Myanmar promoveram ataques bem organizados, coordenados e sistemáticos para impedir o regresso de membros da minoria rohingya ao país. No relatório, apresentado esta quarta-feira, 11 de outubro, as forças de segurança são acusadas de destruir intencionalmente propriedades dos rohingyas e queimar casas e aldeias inteiras no norte do estado de Rakine, com o propósito não só de expulsar a população em massa, mas evitar também o retorno das vítimas às suas casas. Os refugiados relataram ainda vários casos de pessoas baleadas a curta distância e nas costas, enquanto tentavam fugir em pânico, de crianças e idosos queimados dentro de suas casas e de menores violadas, em frente dos familiares. Segundo o alto comissário para os Direitos Humanos, Zeid al Hussein, continuam a existir indícios de violência em Myanmar, e há fundadas suspeitas de que as forças de segurança estejam a colocar minas terrestres ao longo da fronteira, na tentativa de evitar que os rohingya regressem.