Estudo de organização não governamental revela um quadro de corrupção galopante nos países da américa Latina e Caraí­bas. Para acederem aos serviços públicos, os cidadãos têm que pagar «luvas»
Estudo de organização não governamental revela um quadro de corrupção galopante nos países da américa Latina e Caraí­bas. Para acederem aos serviços públicos, os cidadãos têm que pagar «luvas» Quase um terço dos latino-americanos pagaram subornos no último ano para aceder a serviços públicos como a saúde ou a justiça, uma prática que não diferencia género nem classe social, revela um estudo da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, divulgado esta segunda-feira, 9 de outubro. De acordo com os resultados da sondagem, efetuada junto de mais de 22 mil pessoas de 20 países da américa Latina e Caraíbas, os cidadãos têm grande desconfiança na polícia e nos políticos, consideram a resposta governamental insuficiente e acabam por deixar arrastar-se para a prática da corrupção. Do total de entrevistados, 29 por cento admitiu ter pago algum suborno em 2016, para ter acesso a pelo menos seis serviços públicos: educação, assistência médica, aquisição de documentos de identidade, polícia, serviços básicos e tribunais. O suborno representa uma forma de enriquecer para poucos e um grande obstáculo para aceder aos serviço fundamentais, em especial para os setores mais vulneráveis da sociedade, afirmou o presidente da Transparência Internacional, José Ugaz, em comunicado. apesar das recentes manifestações anti-corrupção no Brasil, Guatemala e Venezuela, 62 por cento dos inquiridos disse ter notado um aumento da corrupção. Os polícias e os políticos foram considerados os mais corruptos nos países analisados.