Os governos de Myanmar e Bangladesh prometem trabalhar em conjunto para planificar o repatriamento dos milhares de refugiados que fugiram da violência e se concentraram em acampamentos sobrelotados e sem condições
Os governos de Myanmar e Bangladesh prometem trabalhar em conjunto para planificar o repatriamento dos milhares de refugiados que fugiram da violência e se concentraram em acampamentos sobrelotados e sem condições O ministro dos Negócios Estrangeiros do Bangladesh, abul Mahmud alí, anunciou a criação de um grupo de trabalho em conjunto com as autoridades de Myanmar, que terá como missão planificar o repatriamento dos cerca de 500 mil refugiados rohingya que se refugiaram no seu país, para fugir à violência no estado de Rakine. Os rohingya são uma minoria étnica, maioritariamente muçulmana, que se concentra no estado de Rakine, junto à fronteira com o Bangladesh. O Estado de Myanmar (ex-Birmânia) não lhes reconhece a cidadania, alegando que são descendentes de imigrantes que entraram ilegalmente no país. Nos últimos anos, registaram-se vários confrontos entre as forças de segurança e os rohingya. Em 2012 morreram mais de 200 pessoas e desde então a situação ficou mais calma. Porém, em outubro do ano passado o clima voltou a ficar tenso e em agosto rebentou mais uma escalada de violência, que levou à fuga de mais de um milhão de pessoas, metade delas para o Bangladesh. as Nações Unidas já classificaram esta crise como um caso de possível limpeza étnica.