Novo coordenador de ajuda humanitária nas Nações Unidas diz-se inspirado pela visão de antónio Guterres e apostado em levar as histórias dos que mais sofrem «ao resto do mundo»
Novo coordenador de ajuda humanitária nas Nações Unidas diz-se inspirado pela visão de antónio Guterres e apostado em levar as histórias dos que mais sofrem «ao resto do mundo» a agência de Coordenação de assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHa, na sigla em inglês) enfrenta a taxa mais alta da sua história de pessoas que necessitam de ajuda para sobreviver: mais de 140 milhões. Mark Lowcock, o novo coordenador daquele organismo, está consciente das dificuldades, mas promete lutar para fazer chegar a voz dos que mais precisam ao resto do mundo. Todos os anos chegamos a dezenas de milhões de pessoas, salvamos milhares de vidas, mas não temos todos os recursos que necessitamos e enfrentamos grandes desafios. Há que reforçar o sistema e necessitamos de um pouco mais de apoio para o nosso trabalho, afirmou o responsável, numa entrevista à Notícias ONU. Segundo Lowcock, a visão que o secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, tem para a ONU é inspiradora. Foi uma grande honra receber o seu convite e não foi difícil decidir que queria ter um papel, em conjunto com dezenas de milhares de colegas, para cumprir essa visão.com mais de 30 anos de experiência na gestão de crises humanitárias em todo o mundo, o novo líder da OCH a fez a sua primeira visita oficial à região do lago Chade, onde encontrou 10 milhões de pessoas a um passo de morrerem de fome. Ouviu as histórias afetadas pela crise e levou-as à assembleia Geral da ONU. Uma das coisas que realmente quero fazer como coordenador de ajuda de emergência é defender estas pessoas, ouvir as suas histórias e levá-las ao resto do mundo. É contar as histórias das pessoas cujas vidas estão afetadas, mostrar imagens e repetir as palavras que ouvimos, sentados debaixo de uma árvore ou de um toldo, sublinhou Lowcock. Em breve, o responsável conta visitar o Bangladesh, onde estão concentrados cerca de 500 mil refugiados rohingya que fugiram da violência em Myanmar. as origens da crise e a solução estão em Myanmar, mas temos que assegurar-nos que as pessoas que fugiram aterrorizadas recebem cuidados, acrescentou.