Estudo mostra que apesar dos alunos de países pobres frequentarem as aulas, não conseguem adquirir competências básicas
Estudo mostra que apesar dos alunos de países pobres frequentarem as aulas, não conseguem adquirir competências básicasas crianças estão matriculadas na escola numa taxa sem precedentes, o que representa um grande êxito, mas muitas delas não aprendem, alerta David Evans, economista do Banco Mundial e co-autor do Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2018, lançado esta semana.

Depois de cinco, oito ou 12 anos na escola, muitas crianças não sabem ler, não conseguem realizar exercícios básicos de matemática, aptidões necessárias para viver em sociedade, conseguir um bom trabalho e um rendimento decente, aponta o responsável, citado pelos serviços de comunicação das Nações Unidas.

O estudo mostra o caso de cerca de 75 por cento dos alunos do terceiro ano do Quénia, Tanzânia e Uganda, que não conseguiram entender o significado da frase O nome do cão é Filhote, depois de terem sido solicitados a lê-la. Em áreas rurais da Índia, aproximadamente 75 por cento dos alunos dos alunos entre o terceiro e o quinto ano de escolaridade não conseguiram resolver uma subtração de dois dígitos como 46 – 17.

Calculamos que se o sistema continuar a progredir no ritmo atual, os jovens brasileiros levarão 75 anos para atingir a pontuação média em matemática dos países ricos e 263 anos para alcançar o mesmo, no que concerne à leitura, aponta o economista. Para que os padrões de educação possam ser melhorados dramaticamente, os responsáveis pelo estudo indicam que as autoridades governamentais devem fazer da aprendizagem para todos uma prioridade nacional.