Organização de defesa do ambiente encontrou ainda oito pistas de aterragem clandestinas na reserva mineral que o Presidente do Brasil quer abrir à mineração privada
Organização de defesa do ambiente encontrou ainda oito pistas de aterragem clandestinas na reserva mineral que o Presidente do Brasil quer abrir à mineração privada Uma equipa de investigação do Greenpeace sobrevoou uma das unidades de conservação da Reserva Nacional do Cobre e associados (RENCa), entre os estados brasileiros de Pará e amapá, onde teoricamente é proibida a mineração privada, e descobriu pelo menos 14 minas ilegais e oito pistas de aterragem clandestinas. Sobrevoamos uma pequena parte da RENC a e localizamos todos esses pontos numa única unidade de conservação. Quantos mais podem existir em toda a região? Se o governo brasileiro não tem condições de controlar a ilegalidade atualmente, enquanto a área está sob sua custódia, o que vai acontecer se abrir o espaço para a exploração comercial?, questionou Marcio astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, em comunicado. O Presidente brasileiro, Michel Temer, assinou em agosto um decreto polémico que extinguia a reserva de quase quatro milhões de hectares, rica em ouro, magnésio, ferro e cobre, alegando que o objetivo era controlar e dinamizar a atividade de mineração com a participação da iniciativa privada, como parte de seus planos para retirar o Brasil da pior recessão da sua história. após os protestos dos grupos ambientalistas, que consideraram a extinção da reserva um perigo para acelerar o avanço da mineração privada e a desflorestação das áreas protegidas, o governante revogou o decreto inicial e substituiu-o por outro, muito parecido, mas com mais regras sobre a proteção ambiental. Mais tarde, o Ministério de Minas e Energia suspendeu os efeitos do diploma por 120 dias, prometendo um amplo debate sobre o tema. a reserva foi delimitada em 1984 e integra nove áreas protegidas de grande biodiversidade, entre elas dois territórios indígenas das etnias aparai, Wayana e Wajapi.