líder da ex-Birmânia condena a «violência ilegal» e as «violações de direitos humanos» e diz estar pronta para promover o regresso dos refugiados que fugiram para o vizinho Bangladesh
líder da ex-Birmânia condena a «violência ilegal» e as «violações de direitos humanos» e diz estar pronta para promover o regresso dos refugiados que fugiram para o vizinho Bangladesh a líder de Myanmar (ex-Birmânia), aung San Suu Kyi, quebrou o silêncio sobre a crise de violência que afeta o país, esta terça-feira, 19 de setembro, e manifestou-se preparada para promover o regresso dos mais de 400 mil refugiados rohingya que fugiram do estado de Rakine, em direção ao vizinho Bangladesh. Estamos preparados para iniciar o processo a qualquer momento, afirmou a dirigente numa comunicação ao país, através da televisão, onde condenou as violações de direitos humanos e a violência ilegal que possam ter ocorrido nas últimas semanas, mas não anunciou medidas contra o que a ONU classifica de uma limpeza étnica. Segundo Suu Kyi, as forças armadas receberam instruções para tomarem todas as medidas para evitar danos colaterais e ferimentos em civis durante as operações militares. Nesse sentido, foi com surpresa e preocupação que recebeu a informação sobre a quantidade de muçulmanos que fugiram para o Bangladesh. Em reação às palavras da dirigente, a amnistia Internacional lamentou que não tenha condenado explicitamente o papel do exército. Existem provas esclarecedoras de que as forças de segurança lançaram uma campanha de limpeza étnica, afirmaram os responsáveis da organização de defesa dos direitos humanos.