a Rússia tem que começar a pôr em prática a lei para impedir que o racismo provoque um banho de sangue, advertiram os líderes judeus na quinta-feira, um dia depois de um ataque numa sinagoga de Moscovo.
a Rússia tem que começar a pôr em prática a lei para impedir que o racismo provoque um banho de sangue, advertiram os líderes judeus na quinta-feira, um dia depois de um ataque numa sinagoga de Moscovo. Segundo os analistas o ataque, perpetrado por um homem que gritou “Heil Hitler” ao mesmo tempo que feriu oito pessoas com uma faca, está relacionado com uma tendência racista incentivada por políticos que exploram sentimentos nacionalistas para ganhar votos.
“atirar a culpa a um homem solitário é perigoso, porque essas pessoas loucas podem explodir todo o país”, disse Borukh Gorin, da Federação Russa das Organizações Judias.
Os activistas dos direitos humanos alertam para uma crescente vaga de violência contra estrangeiros e minorias étnicas. No mês passado, um estudante dos camarões foi morto em S. Petersburg, o último duma série de assassínios de africanos e asiáticos na cidade. O assassínio de duas meninas ciganas, da etnia Tajik, de cinco e nove anos, chocou o país há dois anos.
“O sangue está a correr: o sangue de judeus, o sangue de africanos. Todo ele é vermelho. E, pelas leis da ciência social, outro sangue vai correr também”, alertou Gorin.
O governo e o parlamento condenaram o ataque à sinagoga e ordenaram maiores medidas de segurança para as sinagogas em toda a Rússia. Mas os analistas dizem que as autoridades estão a ignorar a ameaça que representa a violência racista, e chegam mesmo a provocar sentimentos nacionalistas para atingir os seus próprios fins.