a quantidade de pessoas que enfrenta a falta de alimentação cresceu cerca de 38 por cento o ano passado. Os conflitos armados e as alterações climáticas estiveram na origem deste aumento
a quantidade de pessoas que enfrenta a falta de alimentação cresceu cerca de 38 por cento o ano passado. Os conflitos armados e as alterações climáticas estiveram na origem deste aumento a Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FaO) anunciou esta sexta-feira, 15 de setembro, um novo aumento do número de pessoas que passa fome em todo o mundo. Dados relativos ao ano passado, indicam que 2016 terminou com perto de 815 milhões de pessoas a passarem por graves dificuldades de alimentação, em comparação com os 777 milhões de 2015. Estes números fazer soar alarmes que não podemos ignorar: não acabaremos com a fome e todas as forma de má nutrição até 2030, a menos que se abordem todos os fatores que prejudicam a segurança alimentar e a nutrição. Garantir sociedades pacíficas e inclusivas é uma condição necessária para esse objetivo, afirmam os autores do relatório anual sobre segurança alimentar e nutrição, apresentado em Roma, Itália. Segundo o documento, a situação tem piorado, sobretudo em determinadas zonas da África subsariana, no sudeste asiático e na Ásia ocidental, onde se registaram agravamentos nas situações de conflito, acompanhados às vezes de secas ou inundações. Há 155 milhões de crianças menores de cinco anos com desnutrição infantil crónica e mais de 52 milhões a sofrer de desnutrição aguda. Na primeira avaliação global da ONU depois de adotados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030, cuja meta é acabar com a fome e todas as formas de má nutrição, foram ainda detetados problemas de excesso de peso em 41 milhões de menores. ao problema da fome e da desnutrição, junta-se o aumento das taxas de obesidade. O excesso de peso e a obesidade estão a aumentar na maioria das regiões, no caso das crianças, e em todo o mundo, no caso dos adultos. Em 2016, 41 milhões de menores de cinco anos tinham peso a mais, refere o relatório.