Secretário-geral das Nações Unidas pediu às autoridades locais que suspendam as operações militares e reconheçam o direito de retorno a todos os que foram obrigados a sair do país
Secretário-geral das Nações Unidas pediu às autoridades locais que suspendam as operações militares e reconheçam o direito de retorno a todos os que foram obrigados a sair do país a situação humanitária catastrófica que se vive no estado de Rakine, em Myanmar, e que já obrigou à fuga para o Bangladesh de cerca de 380 mil pessoas da minoria rohingya, exige um plano de ação eficaz para abordar as causas da crise e a suspensão das operações militares por parte das forças governamentais, defende o secretário-geral das Nações Unidas. Segundo antónio Guterres, as autoridades de Myanmar têm que acabar com a violência, defender o Estado de direito e reconhecer o direito de retorno aos que tiveram que sair do país, por causa dos ataques. O ex-primeiro-ministro português apela ainda a que seja permitida a entrega de assistência humanitária vital por parte das agências da ONU e das organizações não governamentais. a maior parte dos deslocados está em acampamentos improvisados, sem condições, ou em comunidades anfitriãs, que vão partilhando o pouco que têm. Muitos deles, sobretudo as mulheres e crianças, estão a chegar aos locais de refúgio com fome e desnutridas, alerta o líder da ONU. Depois de condenar os ataques cometidos pelo Exército de Salvação Rohingya arakan, Guterres adianta que continuam a chegar relatos preocupantes de ataques por forças de segurança a civis, o que prejudica as atividades de apoio dinamizadas pela ONU pelas organizações humanitárias.