No último dia da sua viagem em território colombiano, Francisco insistiu numa mensagem de reconciliação, exortando a população a construir a paz, não com palavras, mas com obras
No último dia da sua viagem em território colombiano, Francisco insistiu numa mensagem de reconciliação, exortando a população a construir a paz, não com palavras, mas com obras

O Papa Francisco aproveitou a sua última Missa na Colômbia para reiterar o apelo ao fim da cultura de morte e pedir aos colombianos que se esforcem para criar um clima de paz, através de uma mudança de cultural. É preciso responder à cultura de morte, da violência, com a cultura da vida, do encontro, disse o Pontífice. Perante os milhares de fiéis que o escutavam no porto de Cartagena, no domingo, 10 desetembro, o Papa voltou a insistir numa mensagem de reconciliação, exortando os colombianos a trabalharem para a paz, não com a língua, mas sim com as mãos e com as obras. Se a Colômbia quer uma paz estável e duradoura, tem que dar um passo urgente na direção do bem comum, da equidade, da justiça, do respeito pela natureza humana e a suas exigências, acrescentou. O Papa dedicou o seu último dia na Colômbia ao contato com os negros e pobres de Cartagena,joiaturística e uma das cidades que registam a maior desigualdade social no país, que está entre os mais afetados por este fenómeno na américa Latina, depois de Honduras. Neste contexto, visitou o bairro de San Francisco, junto ao aeroporto internacional, onde muita gente vive apenas com uma refeição por dia, contou um morador às agências internacionais. Nos cinco dias de Visita apostólica, o Pontífice visitou as cidades de Bogotá,Villavicencio, Medellín e Cartagena, e persistiu sempre na sua mensagem de paz e reconciliação no momento em que o país está a ponto de encerrar o último conflito armado das américas, que deixou mais de sete milhões de vítimas, entre mortos, desaparecidos e deslocados, em mais de meio século.