Perante centenas de milhares de fiéis, Pontífice deixou uma mensagem de reconciliação num país que tenta ainda curar as feridas da guerra, e apelou à população que não se deixe levar pela «sede do ódio»
Perante centenas de milhares de fiéis, Pontífice deixou uma mensagem de reconciliação num país que tenta ainda curar as feridas da guerra, e apelou à população que não se deixe levar pela «sede do ódio» Num mundo castigado pelas lutas armadas e pelas ameaças nucleares, o Papa Francisco aproveitou o segundo dia de visita à Colômbia para deixar um apelo à reconciliação e pedir aos colombianos que continuem a lutar pela paz e não se deixem levar pela tentação da vingança nem pela sede do ódio. Para o Pontífice, depois do acordo de paz alcançado entre o governo colombiano e as Forças armadas Revolucionárias Colombianas (FaRC), é tempo de curar as feridas e construir pontes, pois de nada adianta acabar uma guerra se ainda nos vemos uns aos outros como inimigos. antes de se dirigir às centenas de milhares de pessoas que se concentraram no Parque Simón Bolívar de Bogotá, Francisco teve um encontro emocionante com os jovens, a quem apelou, a partir de um terraço do Palácio arcebispal, que ousem sonhar em grande. Que as vossas ilusões e projetos oxigenem a Colômbia e a encham de utopias saudáveis, disse. Em resposta a algumas vozes críticas que surgiram no clero colombiano contra o acordo de paz com as FaRC, o Papa recordou aos bispos que não são políticos e que por isso, na qualidade de pastores da Igreja Católica, têm a obrigação de dar o primeiro passo rumo à paz definitiva. Esta sexta-feira, 8 de setembro, Francisco estará em Villavicencio, porta de entrada da amazónia, para rezar com as vítimas do conflito e inaugurar a Cruz da Reconciliação. Nas celebrações, ocorrerá a beatificação de dois mártires colombianos: o bispo Jesus Emilio Jaramillo e o sacerdote Pedro Maria Ramírez.