Os fluxos migratórios e os deslocamentos massivos estão na origem da interrupção dos estudos de centenas de milhares de menores e a impedir que muitos dos refugiados consigam aceder aos seus direitos mais elementares
Os fluxos migratórios e os deslocamentos massivos estão na origem da interrupção dos estudos de centenas de milhares de menores e a impedir que muitos dos refugiados consigam aceder aos seus direitos mais elementares a organização Mãos Unidas emitiu esta semana um comunicado a recordar que a alfabetização é uma ferramenta fundamental na luta contra a pobreza e a alertar para a grave crise de analfabetismo que se vive na atualidade, em consequência do aumento dos fluxos migratórios e dos deslocamentos massivos das populações. aproveitando a celebração do Dia Internacional da alfabetização, que se assinala sexta-feira, 8 de setembro, a organização lembra que saber ler e escrever é um direito humano essencial para o desenvolvimento, para a erradicação da desigualdade e promoção de sistemas justos, sustentáveis e inclusivos. Os Estados estão obrigados a tornar a alfabetização disponível, acessível a todos sem discriminação, aceitável em termos de qualidade e adaptada às necessidades concretas das comunidades. Mas segundo Maria José Hernando, da Mãos Unidas, apesar de alguns pasíes terem ampliado os sistemas escolares, não souberam como ensinar às populações mais vulneráveis, dando assim lugar a gerações de analfabetos escolarizados. Um dos exemplos, de acordo com a responsável, regista-se no Líbano, o país como maior número de refugiados per capita do mundo. Os deslocados foram bem recebidos, mas estima-se que cerca de 200 mil crianças refugiadas estejam sem acesso à escolarização. a nível global, as Nações Unidas apontam para a existência de 750 milhões de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever, de 250 milhões de crianças que não conseguem adquirir as capacidades básicas de cálculo e de 72 milhões de menores que não estão escolarizados.