Duas organizações que trabalham em países em vias de desenvolvimento para devolver a visão aos mais desfavorecidas foram distinguidas com um prémio de um milhão de euros
Duas organizações que trabalham em países em vias de desenvolvimento para devolver a visão aos mais desfavorecidas foram distinguidas com um prémio de um milhão de eurosas organizações Sightsavers e CBM, que tratam a cegueira em países pobres, venceram a 11a edição do Prémio antónio Champalimaud de Visão, o maior prémio do mundo na área da visão, com um valor de um milhão de euros. Coube a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, presidir à cerimónia de entrega do prémio.

a sessão ficou também marcada pelo momento em que o chefe de Estado português condecorou Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique. a cerimónia teve lugar na instituição que dá nome ao galardão, localizada em Lisboa, e realizou-se na última terça-feira, 5 de setembro. O prémio foi atribuído em conjunto às duas organizações devido ao trabalho de ambas realizado em países em vias de desenvolvimento como o Nepal, Moçambique, Uganda, Etiópia ou Bangladesh.
a Sightsavers e a CBM lutam há décadas contra a cegueira em dezenas de países em todo o mundo. ambas são reconhecidas como pioneiras nesta área, tendo criado um modelo inovador de combate aos distúrbios de visão assente em três pilares: prevenção, cura e apoio. as organizações premiadas levam este modelo a muitas comunidades esquecidas em todo o mundo e trabalham com grupos locais na criação de programas de visão eficazes e sustentáveis, lê-se num comunicado da Fundação Champalimaud.
a instituição realça ainda que ambas as organizações trabalham afincadamente para que as pessoas permanentemente incapacitadas pela cegueira possam ter um papel social ativo, fazendo com que muitas pessoas com deficiências severas passem a poder viver de forma produtiva e independente, dando o seu contributo para a sociedade de forma igual e digna.