Milhares de pessoas têm procurado refúgio no país vizinho para fugir à violência. Malala Yousafzai apelou à líder de Myanmar que ponha fim ao tratamento «vergonhoso» de que têm sido alvo os rohingya
Milhares de pessoas têm procurado refúgio no país vizinho para fugir à violência. Malala Yousafzai apelou à líder de Myanmar que ponha fim ao tratamento «vergonhoso» de que têm sido alvo os rohingyaDesde o início de uma nova onda de violência no estado de Rakain, em Myanmar, pelo menos 87 mil pessoas da etnia rohingya fugiram para o vizinho Bangladesh, onde se têm vindo a amontoar em acampamentos sobrelotados e sem o mínimo de condições, denunciaram esta segunda-feira, 4 de setembro, os responsáveis da ONU. Os confrontos endureceram na última semana de agosto, e desde então, milhares de membros da minoria muçulmana cruzaram a fronteira com o Bangladesh, concentrando-se nos arredores da cidade costeira de Cox”s Bazar. Muitos, estão desabrigados e à mercê das fortes chuvadas causadas pelas monções. À chegada aos acampamentos, os refugiados relatam histórias trágicas de massacres e de aldeias incendiadas, quer pelas forças de segurança, quer por elementos de grupos budistas, em maioria no país. a violência eclodiu de novo após um ataque contra dezenas de esquadras da polícia, seguido de uma ofensiva do exército de Myanmar. Em reação a este drama humanitário, a vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2014, Malala Yousafzai, lançou um apelo à líder de Myanmar, aung San Suu Kyi, para que acabe com o tratamento vergonhoso de que têm sido alvo os muçulmanos da minoria rohingya. ao longo dos últimos anos, tenho condenado repetidas vezes a forma trágica e vergonhosa como os rohingya têm sido tratados. Continuo à espera que aung San Suu Kyi faça o mesmo. O mundo está à espera disso, afirmou a jovem ativista.