a Colômbia prepara-se para receber o Papa de 6 a 11 de setembro. O lema da visita é «Demos o primeiro passo», um convite para começar algo novo, com Cristo, recorrendo à reconciliação. é uma altura de esperança para o país, que vive décadas de conflitos
a Colômbia prepara-se para receber o Papa de 6 a 11 de setembro. O lema da visita é «Demos o primeiro passo», um convite para começar algo novo, com Cristo, recorrendo à reconciliação. é uma altura de esperança para o país, que vive décadas de conflitos a Colômbia é um país de américa do Sul com 49 milhões de habitantes, sendo 90 por cento católicos (é o sétimo país com mais católicos no mundo), e regista mais de sete décadas de conflitos armados internos, que levaram mais de 20 por cento da população a migrar internamente e para outros países. atualmente o país vive um momento de dúvidas e polarização política marcada por dois processos e diálogos de paz. O primeiro, já assinado em novembro de 2016, entre o governo colombiano e o maior grupo guerrilheiro colombiano, as Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC). O segundo, está a decorrer em Quito – Equador, com o Exército de Libertação Nacional (ELN), desde 7 de fevereiro deste ano. ExpetativasNeste contexto, a visita do Papa procura dar uma palavra no Espírito, que será alento de vida para poder afrontar com fé, esperança e caridade os muitos desafios, afirma a carta divulgada pela Conferência Episcopal Colombiana. O episcopado reconhece que a Colômbia vive uma terrível rutura, consequência de tantos anos de violência e inúmeros factos contra a dignidade humana, sendo neste momento uma nação que perdeu a confiança nela mesma, que está dividida e enfrentada. Por isso, considera que a deslocação apostólica é um momento de graça, alegria e esperança para todo o país e anseia que a voz profética do Papa estimule com gestos concretos a viver a reconciliação, o perdão e a misericórdia, ajudando os colombianos a serem artesãos de paz, para construírem juntos a nova pátria que todos sonhamos e que queremos deixar às futuras gerações. Luis augusto Castro Quiroga, missionário da Consolata e arcebispo de Tunja, diz que é um momento de preparação para a reconciliação de todos os colombianos: a visita do Papa Francisco é um momento de graça e alegria para que sonhemos com a possibilidade de transformar o nosso país e dar o primeiro passo. O Santo Padre é um missionário da reconciliação. ItinerárioFrancisco é o terceiro Papa a visitar a Colômbia, depois de Paulo VI, em 1968, e João Paulo II, em 1986. O itinerário da sua visita compreende quatro cidades importantes do país. Em Bogotá, capital e metrópole com oito milhões de habitantes, terá encontros com membros do governo, da Igreja colombiana e do Conselho Episcopal Latino-americano (CELaM), bem como um encontro com jovens e a celebração de uma Missa para dois milhões de pessoas, aproximadamente. Em Villavicencio, porta de entrada da amazónia e da planície colombiana, uma das zonas que mais sofrem com o conflito armado e com o desmatamento, terá um grande encontro de oração pela reconciliação nacional, inaugurando a Cruz da Reconciliação. Em Medellin, celebrará a Eucaristia pela manhã e à tarde visitará o Centro Infantil São José e depois terá um encontro com os sacerdotes, religiosos, e suas famílias de origem. No último dia da visita, o Pontífice irá a Cartagena das Índias, onde porá a primeira pedra das casas para os sem-abrigo da obra Talita Kum. Rezará o angelus e visitará a casa de São Pedro Claver, padroeiro dos direitos humanos e defensor das pessoas com deficiência, antes de regressar a Roma.