Missionários criam projeto de formação para ajudar as comunidades de uma das regiões mais pobres da Colômbia. O objetivo é dotar os formandos de conhecimentos que lhes permitam ultrapassar as dificuldades e recuperar os valores familiares e culturais
Missionários criam projeto de formação para ajudar as comunidades de uma das regiões mais pobres da Colômbia. O objetivo é dotar os formandos de conhecimentos que lhes permitam ultrapassar as dificuldades e recuperar os valores familiares e culturais Buenaventura é um município colombiano, onde está um dos principais portos marítimos do país, e de onde saem mais de metade das mercadorias importadas, para as regiões do interior. Mas os rendimentos gerados por esta infraestrutura não se traduzem em qualidade de vida para a população, que, na sua maioria, vive na pobreza. Um flagelo social que os Missionários da Consolata têm tentado combater, através de projetos de formação, como é o caso do que está agora em marcha a partir da capela de San Martin de Porres. Durante dez meses, 25 elementos das comunidades afrodescendentes (em maioria na região), vão ter formação na área dos valores cristãos, direitos humanos, artes e ofícios, animaçãoe organização comunitária, promoção humana e resgate da identidade cultural. após o curso, os formandos ficam capacitados para transmitir os conhecimentos adquiridos nos seus locais de residência. a situação de pobreza extrema que se vive na diocese gera muitos conflitos intra-familiares e torna os custos insustentáveis para aceder aos serviços de saúde e educação. Por isso, queremos oferecer formação em áreas que permitam o resgate dos valores da família e da cultura tradicional, que se têm perdido, explica o coordenador do projeto, padre Lawrence Ssimbwa. Segundo o sacerdote, a área de influência desta ação está a passar há muito tempo por uma grave crise humanitária, que se manifesta na pobreza generalizada, na emigração forçada e no desaparecimento de pessoas. a região é uma das mais pobres da Colômbia e a cidade regista altos índices de violência, devido à presença de grupos armados. a taxa de desemprego ultrapassa os 60 por cento e quase 90 por cento da população vive do trabalho informal. Razões mais do que suficientes para justificarem a presença e a aposta dos missionários na proximidade com estes povos, para os acompanharem na luta contra a pobreza, na promoção da justiça, diálogo inter-cultural e inter-religioso e na preservação do meio ambiente.