São 82 os jovens atualmente integrados no projeto [Estuda lá]. De outra forma, «não teriam a possibilidade de realizar os seus estudos», muito menos de adquirir conhecimentos que os ajudassem a uma melhor «integração na vida ativa adulta»
São 82 os jovens atualmente integrados no projeto [Estuda lá]. De outra forma, «não teriam a possibilidade de realizar os seus estudos», muito menos de adquirir conhecimentos que os ajudassem a uma melhor «integração na vida ativa adulta»O desafio surgiu há 15 anos, por iniciativa de dois leigos missionários, tocados pelas necessidades educativas das crianças pobres ou órfãs da região de Mapinhane, em Moçambique. Estabeleceu-se uma espécie de ligação sentimental entre a comunidade de Sintra primeiro, e o resto do país depois, e os resultados estão à vista: até agora, mais de 1. 200 jovens moçambicanos puderam usufruir do direito à educação, graças aos padrinhos que se disponibilizaram para suportar algumas das despesas. Mas vamos a casos concretos. Benildo augusto é atualmente diplomado em Redes de Telecomunicações e Visão artificial. Tirou o mestrado numa universidade da algéria, onde foi distinguido com o prémio de mérito de melhor aluno da Faculdade. Quando recebeu o diploma disse, em jeito de agradecimento: Deus é fiel. E agradeceu particularmente a Cristina Panão, a madrinha que o apoiou no percurso académico, através do Projeto Estuda Lá, dos Leigos Missionários da Consolata. O caso de Benildo é apenas uma das muitas conquistas conseguidas com esta fórmula de arranjar os padrinhos cá, para apoiar os afilhados lá. O que começou como uma experiência na Escola Secundária Padre Gerardo Gumiero, na missão de Mapinhane, por iniciativa dos leigos Ricardo e Elizabeth Santos, já se alastrou a Vilanculos e ao Guiúa, na diocese de Inhambane, e a Mecanhelas e Entre-Lagos, na diocese de Lichinga. E mais recentemente à Guiné-Bissau, com estudantes apadrinhados na escola de Empada – gerida pelas Missionárias da Consolata – ou no ensino técnico em Bissau. ao todo, são 82 os jovens atualmente integrados no projeto. De outra forma, não teriam a possibilidade de realizar os seus estudos, muito menos de adquirir conhecimentos que os ajudassem a uma melhor integração na vida ativa adulta, explicam os responsáveis pelo projeto. O método é simples. a partir do momento em que o padrinho ou a madrinha se disponibilizem para assegurar uma bolsa anual de 50 euros (para o ensino secundário) ou de 200 euros (para o ensino universitário), é selecionado um afilhado ou afilhada para beneficiar da ajuda, tendo em conta as suas necessidades familiarese empenho nos estudos. O jovem apadrinhado compromete-se depois a enviar periodicamente uma carta a quem o está a apoiar, dando conta das notas escolares e do seu percurso estudantil.