Devido aos preços altí­ssimos do petróleo, o segundo maior produtor africano, angola, tem uma das economias com um crescimento mais acentuado, mas o seu povo continua na miséria.
Devido aos preços altí­ssimos do petróleo, o segundo maior produtor africano, angola, tem uma das economias com um crescimento mais acentuado, mas o seu povo continua na miséria. após 27 anos de guerra civil, o acordo de paz assinado com os rebeldes da UNIT a em 2002 começa a traduzir-se numa melhor vida quotidiana para os angolanos, que cada vez mais acusam o governo de não destinar os lucros da venda do petróleo a programas de desenvolvimento. José de Oliveira, director executivo da revista Energia, uma publicação que observa o sector energético do país, calcula os lucros da venda do petróleo nuns quatro mil milhões de euros por ano.
São esperadas eleições em 2007, as primeiras desde 1992. “O governo quer demonstrar os benefí­cios da paz, e com as eleições há um maior incentivo para entregar os frutos da paz à população”, disse allan Cain, director de Trabalho pelo Desenvolvimento, uma organização não governamental local que trabalha pelos pobres.
angola finalisou a Estratégia de Redução da Pobreza , um documento elaborado pelo governo e os parceiros de desenvolvimento, em Novembro de 2005 e “parece que as estratégias para aliviar a pobreza, melhorar a educação e reconstruir a comunidade estão na agenda e começam a fazer parte dos planos a medio prazo do governo”, frisou Cain.
Mas as organizações não governamentais e a sociedade civil estão preocupados que a administração não tenha a capacidade de elaborar, implementar e gerir os programas necessários para combater a pobreza. “O governo provavelmente vai optar por grandes e custosas infra-estruturas, tais como estradas e projectos de comunicações, pois estes podem mais facilmente absorver grandes quantidades de dinheiro”, disse Cain.
Segundo ele, as próprias empresas petrolí­feras estão “cada vez mais interessadas em reduzir a pobreza, para assim diminuir o risco de conflito, mas não podem fazer muito para pressionar o governo”.