a «aspiração à felicidade e ao sentido da vida» são comuns a todas as pessoas e a consciência disso pode contribuir para o necessário «diálogo inter-religioso», acredita a teóloga Teresa Messias
a «aspiração à felicidade e ao sentido da vida» são comuns a todas as pessoas e a consciência disso pode contribuir para o necessário «diálogo inter-religioso», acredita a teóloga Teresa MessiasNuma altura em que a palavra espiritualidade é amplamente divulgada e surge aplicada a âmbitos tão variados, Teresa Messias, doutorada em Teologia Espiritual, está em Fátima a falar sobre esta prática, que tem a ver com a estrutura da condição humana, e que por isso, pode unir todos os cidadãos do mundo, independentemente das suas origens e crenças.

Todas as pessoas têm uma necessidade de espiritualidade. Todas a procuram com caminhos, formulações e linguagens diferentes, mas esta aspiração é profunda e é homogénea e nós podemos reconhecê-la nas outras pessoas quando nos encontramos, tenham elas a etiqueta cristã ou não, tenham a etiqueta crente, ateia agnóstica, ou outra qualquer. Por isso, nós temos uma plataforma comum de encontro que é o nosso ser. Homens e mulheres têm esta marca de abertura e formação para a transcendência, motivo pelo qual a espiritualidade permite um diálogo inter-religioso, disse a teóloga.

a professora do ensino superior explica que a espiritualidade consiste numa aspiração à felicidade e ao sentido da vida, que vai para além da morte, algo comum a qualquer pessoa. O grande fundo da espiritualidade é a possibilidade de alguém sentir que a sua vida é uma vida feliz, esclareceu a especialista, esta quarta-feira, 23 de agosto, durante a sua intervenção intitulada Espiritualidade missionária, inserida no Curso de Missiologia, que decorre nas instalações dos Missionários da Consolata ao longo desta semana.