Menores vêem-se obrigados a fugir das suas casas devido à violência. Milhares acabam recrutados por grupos armadosMenores vêem-se obrigados a fugir das suas casas devido à violência. Milhares acabam recrutados por grupos armados a República Centro-africana é um dos piores países do mundo para se ser criança e um dos mais perigosos para se trabalhar como funcionário humanitário devido aos problemas de acesso, apontam os investigadores do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com estes responsáveis, a situação das crianças no país pode ser pior do que se pensava, com violações que acontecem afastadas do domínio público, de que é exemplo o recente ciclo de violência que causou cerca de 600 mil deslocados e refugiados.
apesar da situação se encontrar atualmente calma em Bangui, capital do país, as débeis infra-estruturas rodoviárias e a fraca cobertura telefónica tornam difícil tomar conhecimento daquilo que está a acontecer, alertam os responsáveis da agência das Nações Unidas, dando o exemplo do caso do recente assassinato de seis voluntários da Cruz Vermelha que só foi conhecido dois dias depois.
as crianças são as principais vítimas dos grupos armados que já não lutam apenas entre si mas atacam civis e cometem graves violações, indica Donaig Le Du, diretor do setor da comunicação da UNICEF na Republica Centro-africana, recordando o caso de um bebé morto nos braços da sua mãe num hospital, e o roubo de materiais hospitalares que acabam por impedir as vacinações.
Na última terça-feira, 15 de agosto, os responsáveis pela agência das Nações Unidas dedicada às crianças, disseram também, segundo a Rádio ONU, que dois terços da República Centro-africana são controlados pelos grupos armados, estimando-se que cerca de 10 mil crianças tenham sido libertadas desses núcleos em 2014. Contudo, prevê-se que com os novos casos de violência os menores continuem a ser recrutados.