as Nações Unidas estão reunidas para preparar a grande conferência de Junho, em que se vai rever o progresso das acções de controlo sobre o comércio ilegal de armas ligeiras.
as Nações Unidas estão reunidas para preparar a grande conferência de Junho, em que se vai rever o progresso das acções de controlo sobre o comércio ilegal de armas ligeiras. Ontem, o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Nova Iorque dirigiu-se ao “Comité de preparação para a conferência das Nações Unidas para rever o progresso feito na implementação do programa de acção para prevenir, combater e erradicar o comércio ilí­cito de armas ligeiras em todos os seus aspectos”.
O núncio descreveu a conferência de Junho como o mais importante encontro desde a adopção do “Programa de acção para prevenir, combater e erradicar o comércio ilí­cito de armas ligeiras em todos os aspectos”, que está a ter “repercussões importantes na promoção do desarmamento, paz, reconstrução pós-conflito, luta contra o terrorismo e o crime organizado”. Continuou afirmando que a conferência de 2006 deve concordar no estabelecimento de programas de cooperação internacional e mecanismos para promover partes fundamentais do programa de acção, tais como a gestão e segurança dos armazéns de armas e munições e a sua destruição em segurança. Também é importante o controlo nacional sobre a produção de armas ligeiras e a transferência destas. apelou também a uma séria reflexão sobre a possibilidade de negociar um instrumento com peso legal para controlar o comércio internacional de armas, que seria baseado nos princípios da lei internacional.
O arcebispo chamou atenção para o facto de que as acções de regulação das armas ligeiras se têm centrado na venda de armas e não têm olhado para a procura de armas. Na sua opinião, a procura de armas está directamente relacionada com o custo humanitário das armas ligeiras. “Reduzir drasticamente a procura de armas ligeiras requer não só a vontade Política, mas uma maior investigação sobre a dinâmica dos conflitos, dos crimes e da violência. Isso obriga-nos a actuar com responsabilidade para promover uma verdadeira cultura de paz e de vida entre os membros da sociedade”.
E concluiu dizendo: “Normas internacionais adequadas e programas dirigidos à questão da procura também são urgentemente necessários, assim como a implementação de actividades educacionais através do envolvimento da sociedade civil, entre outras coisas”.