Uns onze milhões de pessoas do Corno de África estão “no limiar da fome”, depois de uma severa seca que já causou algumas mortes.
Uns onze milhões de pessoas do Corno de África estão “no limiar da fome”, depois de uma severa seca que já causou algumas mortes. a FaO (Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura) advertiu para o perigo de uma catástrofe alimentar. “Na Somália, Quénia, Djibouti e Etiópia estima-se que mais de 11 milhões de pessoas estejam a precisar de assistência”, pode ler-se no relatório.
Os mais afectados são os pastores nómadas, que costumam viajar com os seus animais procurando pasto e água. Segundo a FaO a seca deve-se ao facto de não terem chegado as chuvas próprias da estação em muitas regiões. Conflitos do passado e actuais também contribuem para tornar a situação ainda mais delicada.
O governo do Quénia já declarou a fome e precisa de alimentar 2,5 milhões de pessoas, 10 porcento da população. Na Etiópia é estimado em oito milhões o número de pessoas enfrentando graves dificuldades alimentares.

Segundo o Programa alimentar Mundial das Nações Unidas, há necessidade de umas 64 mil toneladas de alimentos para as populações afectadas pela seca até Junho 2006. Mas só 16. 700 estão disponíveis.