Organização considera que as novas normas para quem trabalha nas operações de resgate de migrantes no Mediterrâneo prejudicam a eficiência e a capacidade de salvamento e podem provocar ainda mais mortes
Organização considera que as novas normas para quem trabalha nas operações de resgate de migrantes no Mediterrâneo prejudicam a eficiência e a capacidade de salvamento e podem provocar ainda mais mortes a organização Médicos sem Fronteiras (MSF) recusou-se a assinar o código de conduta italiano para as organizações não governamentais (ONG) que operam barcos de resgate no Mediterrâneo, por considerar que alguns dos compromissos incluídos no documento podem provocar uma diminuição da eficiência e da capacidade das missões de busca e salvamento, com terríveis consequências humanitárias. Não podemos assinar isso. Haverá menos barcos na área de busca e salvamento, o que, provavelmente, provocará mais mortes, explicou o coordenador da organização, Stephan Van Diest, recusando, por exemplo, receber polícias armados a bordo dos barcos dos MSF ou a recolher provas para as investigações policiais. Para Van Diest, a organização de que faz parte está a cobrir um vazio porque as operações de busca e salvamento são responsabilidade dos Estados-membros da União Europeia e não das ONG. Se a situação não melhora, continuaremos a salvar vidas, mas de acordo com as leis nacionais, internacionais e marítimas, adiantou. O responsável apela ainda aos países comunitários que estabeleçam um mecanismo específico e pro-activo de busca e resgate para apoiar a Itália, e reconheçam o esforço deste país para salvar vidas no mar, perante a resposta insuficiente de outros Estados.