Crescente insegurança no Sudão impede progresso nas conversações de paz, que foram suspensas por uma semana, respeitando um feriado muçulmano.
Crescente insegurança no Sudão impede progresso nas conversações de paz, que foram suspensas por uma semana, respeitando um feriado muçulmano. a União africana (Ua) pediu a suspensão das negociações de paz, que decorrem em abunja, Nigéria, para permitir que os delegados muçulmanos do governo sudanês e dos rebeldes possam celebrar a festividade muçulmana de Eid el-Kabir. a 15 de Janeiro, deverão voltar à mesa das negociações.
Os mediadores esperavam que a sétima ronda de conversações entre o governo do Sudão e os rebeldes, que começaram em Novembro, fosse marcada por um acordo. Porém, admitem que, até agora, o único resultado tangí­vel foi manter aberta a porta do diálogo. “Estamos aqui há mais de um mês, mas não podemos apresentar nenhum progresso. Está a ser muito lento”, disse à imprensa Sam Ibok, um dos representantes da Ua.
a grande dificuldade tem a ver com a partilha do poder. Os rebeldes fizeram a proposta de ter mais um vice-presidente, que seria escolhido por Darfur. O governo recusa a proposta, aceitando apenas um conselheiro especial para o presidente Omar el-Bashir. Outro ponto de discórdia é o plano dos rebeldes em aumentar à região de Darfur um território que o governo retirou e anexou a outras regiões. Devido às dificuldades, Ibok informou que estes assuntos ficam ficam suspensos.
as outras duas áreas de negociação são a partilha da riqueza e os acordos de segurança. Mas alguns delegados afirmam que qualquer progresso nestas áreas não faz sentido sem um acordo de partilha do poder.
Os trabalhadores humanitários calculam que 180 mil pessoas perderam a vida e dois milhões tiveram que abandonar as suas casas para fugir à violência. Na semana passada, as Nações Unidas declararam Darfur uma zona de elevado risco e reduziram o número de funcionários na zona.