Bispo auxiliar do Porto considera que a resposta qualificada a quem quer visitar os espaços da Igreja Católica passa por uma «conciliação entre os bens culturais, a cultura e a comunicação social»
Bispo auxiliar do Porto considera que a resposta qualificada a quem quer visitar os espaços da Igreja Católica passa por uma «conciliação entre os bens culturais, a cultura e a comunicação social» O património da Igreja é de uma riqueza enorme, com uma linguagem que é de todos os tempos e que infelizmente muitas vezes estamos a perder. Damos clara prioridade à linguagem escrita e oral e perdemos esta linguagem, de outras épocas, mas que continua a ser atual e percetível por públicos mais alargados, afirma o bispo auxiliar do Porto, Pio Alves, num balanço aos seis anos como presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Em declarações à agência Ecclesia, o prelado considera que a resposta qualificada a quem quer visitar os espaços da Igreja Católica em Portugal tem que passar pela conciliação entre os bens culturais, a cultura e a comunicação social. E dá o exemplo do projeto de intervenção e dinamização da Igreja e Torres dos Clérigos, na cidade invicta, como um modelo de harmonização dos três setores. as pessoas visitam o monumento porque há qualidade, há profissionalismo e respostas culturais variadas e complementares para públicos diferentes onde se cruzam a dimensão religiosa, cultural e a comunicação, sublinha Pio Alves, acrescentando que a grande afluência de público aos Clérigos não acontece por acaso. Para o bispo, há ainda um caminho a percorrer no campo cultural, com a criação de estruturas diocesanas que permitam concretizar atividades em vários pontos do país. O mesmo acontece com o setor da comunicação. Temos de aprender cada vez mais a comunicar entre nós próprios. Custa-nos muito juntar esforço para podermos comunicar de modo mais efetivo, para que as imensas realizações da Igreja, o seu dia a dia e a sua mensagem possa ser feito de forma mais eficiente, com menos esforços e mais resultados, sugere Pio Alves, que foi substituído no cargo por João Lavrador.