O ano passado o número de pedidos de proteção internacional atingiu o recorde dos últimos 15 anos. Os cidadãos sírios e ucranianos foram os que mais solicitaram refúgio em território nacional
O ano passado o número de pedidos de proteção internacional atingiu o recorde dos últimos 15 anos. Os cidadãos sírios e ucranianos foram os que mais solicitaram refúgio em território nacional O Relatório de Imigração, Fronteiras e asilo (RIFa), divulgado esta segunda-feira, 24 de julho, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), revela um aumento de 64 por cento no número de pedidos de asilo a Portugal em 2016, face aos requerimentos apresentados no ano anterior. Registou-se o maior número de pedidos de asilo dos últimos 15 anos, sendo a maior parte apresentada por cidadãos asiáticos (642), seguindo-se os africanos (611) e os europeus (169). Entre os naturais da Ásia, os que mais pediram refúgio a Portugal foram os sírios (428), iraquianos (117) e paquistaneses (25). Já os pedidos de europeus, 84 por cento foram formulados por ucranianos. De acordo com o SEF, em 2016 foram reconhecidos 104 estatutos de refugiado a cidadãos de países africanos e asiáticos e concedidos 267 títulos de autorização de residência por razões humanitárias, maioritariamente a nacionais de países europeus (191), asiáticos (63) e africanos (10). O relatório refere ainda a existência de 24 pedidos de asilo feitos por menores desacompanhados, 21 dos quais originários de África, sendo apresentados maioritariamente por jovens com idades entre os 16 e os 17 anos.