O recrutamento e uso de crianças por parte dos grupos armados é uma das dimensões mais negras do conflito no Iémen. as Nações Unidas estimam que mais de 1. 500 menores foram obrigados a pegar nas armas
O recrutamento e uso de crianças por parte dos grupos armados é uma das dimensões mais negras do conflito no Iémen. as Nações Unidas estimam que mais de 1. 500 menores foram obrigados a pegar nas armasacaba de cumprir 17 anos e é um dos que sobreviveu para contar o calvário de um ano ao serviço de um dos grupos armados. ahmed (nome fictício) vivia uma vida normal com a sua família, mas um dia tudo mudou, ao ceder à pressão dos amigos e decidir juntar-se aos combatentes. Na minha aldeia todos iam lutar. as pessoas diziam-me que não era homem porque não queria lutar. Não podia suportar, conta o jovem, recordando o dia em que se alistou num dos grupos armados e começou o martírio, que o levou até à frente de batalha, a vigiar postos de controlo e a levar comida aos combatentes de serviço. O conflito do Iémen iniciou em março de 2015 e converteu-se numa guerra brutal, com várias batalhas nas zonas de terreno irregular e nas planícies da zona costeira. ahmed participou em alguns destes confrontos. Vi-me empurrado para a luta pelos meus amigos. Deram-me uma arma e fui lutar. a maioria deles estão mortos, alguns em batalhas em que estávamos juntos. Depois de assistir à morte de mais um amigo, o jovem ficou doente e recebeu autorização para ir tratar-se. E foi durante o tratamento que conheceu um elemento de uma organização apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que o ajudou a deixar para trás os horrores da vida de soldado. Tenho uma mensagem para todas as crianças como eu, maiores ou mais pequenas. Peço-lhes que não ouçam ninguém que os incite a lutar. Pensem no vosso futuro, afirma agora o adolescente, manifestando o desejo de que a guerra termine o quanto antes.