líder indígena defende que as metas para o desenvolvimento sustentável deviam incluir indicadores e menções especí­ficas sobre os povos indígenas, que «sempre foram um verdadeiro exemplo de vida sustentável»
líder indígena defende que as metas para o desenvolvimento sustentável deviam incluir indicadores e menções especí­ficas sobre os povos indígenas, que «sempre foram um verdadeiro exemplo de vida sustentável» a líder indígena Quechua, Tarcila Rivera, defendeu esta semana, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da américa (EUa), que os povos indígenas devem ter a oportunidade de participar e fazer sugestões nos planos nacionais de avaliação dos progressos rumo às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os povos e organizações indígenas, nos anos 80, definiam-se como povos que usavam os recursos naturais somente para satisfazer as necessidades e o resto deixavam para uso das novas gerações, afirmou Rivea, sublinhando que os indígenas sempre foram um verdadeiro exemplo de vida sustentável. Mais de 370 milhões de pessoas em todo o mundo pertencem a uma etnia indígena e representam 15 por cento dos mais pobres no planeta. Estas comunidades encontram-se abaixo da maioria dos indicadores sociais e económicos dos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas até 2030. Para Victoria Tauli-Corpuz, relatora especial para os direitos dos povos indígenas, os ODS devem promover não só o bem estar do meio ambiente e dos direitos indígenas, como também reconhecer as suas contribuições históricas para o desenvolvimento. Nós somos quem vive nas áreas mais limpas, diversificadas e melhor conservadas no mundo, devido ao nosso modo de vida com poucas emissões de carbono e uma gestão sustentável dos recursos. Temos conseguido manter o nosso território para as gerações futuras e o nosso modo de vida e as nossas contribuições não estão a ser reconhecidas, destacou a responsável.