Os indígenas do Brasil continuam ser vítimas de violência e de privações económicas devido à ineficácia do governo e do poder judicial para proteger o seu direito constitucional à terra.
Os indígenas do Brasil continuam ser vítimas de violência e de privações económicas devido à ineficácia do governo e do poder judicial para proteger o seu direito constitucional à terra. a 16 de Dezembro de 2005, uma comunidade Guarani-Kaiowá, que vivia no estado de Mato grosso do Sul, foi violentamente expulsa da sua terra ancestral numa operação levada a cabo pela polícia federal, com o apoio não oficial dos fazendeiros. a expulsão veio depois de um número de intervenções, também do Supremo Tribunal Federal, que suspenderam o direito constitucional dos Guarani-Kaiowá à terra.
Estes indígenas estão agora acampados ao longo da auto-estrada MS-384, sem comida suficiente, abrigo ou condições sanitárias. No dia 24 de Dezembro, nove dias depois da expulsão, Dorvalino Rocha, foi morto a tiro, alegadamente por forças de segurança privadas contratadas por fazendeiros.
a amnistia Internacional (aI), e outras organizações não-governamentais, têm vindo a advertir que a expulsão pode resultar em mais violência e privação social para o povo Guarani-Kaiowá.
Dorvalino Roca foi o 38º activista indígena assassinado em 2005, o pior ano da década, segundo o Conselho Missionário indígena. Vinte e oito dessas mortes ocorreram no estado do Mato Grosso do Sul.
a aI apelou às autoridades brasileiras para que encontre estratégias de modo a dar resposta aos problemas dos direitos humanos que afectam o povo indígena do Brasil. a organização exige também que o governo federal para investigar exaustivamente as companhias privadas de segurança e o seu papel nas violações dos direitos humanos.