Racionamento da eletricidade está a deixar moradores e hospitais em condições precárias e a agravar o abastecimento de água. a energia só está disponível por períodos de seis horas
Racionamento da eletricidade está a deixar moradores e hospitais em condições precárias e a agravar o abastecimento de água. a energia só está disponível por períodos de seis horasUm fracasso absoluto de todas as partes em defender as suas obrigações fundamentais de direitos humanos, incluindo o direito inalienável à vida. É desta forma que vários especialistas independentes das Nações Unidas classificam o racionamento de energia elétrica na Faixa de Gaza, uma medida que está a afetar pelo menos dois milhões de pessoas e a causar constrangimentos ao funcionamento dos hospitais. Numa nota divulgada esta semana, sete relatores de direitos humanos consideraram insustentável o facto da eletricidade estar disponível apenas por seis horas consecutivas, no máximo, seguindo-se períodos de 12 horas de apagão. as restrições, afirmam, configuram uma crise humanitária inteiramente causada pelo ser humano. Segundo os especialistas, Israel executou uma decisão da autoridade Palestiniana de cortar até 40 por cento da eletricidade, o que levou ao agravamento sem precedentes na prestação dos serviços essenciais. Muitas salas de operações fecharam, os serviços básicos de saúde estão limitados e a água potável está cada vez mais rara.com várias pessoas no limite da subsistência, os peritos alertam que os danos à economia podem ser difíceis de recuperar sendo os mais pobres e vulneráveis os mais afetados. E pedem à comunidade internacional que não feche os olhos a Gaza, pondo fim total e imediato aos 10 anos de bloqueio.