Organizações de defesa dos direitos humanos temem que as novas regras aprovadas pela União Europeia para a busca e salvamento de migrantes no mar Mediterrâneo venham a causar milhares de mortes
Organizações de defesa dos direitos humanos temem que as novas regras aprovadas pela União Europeia para a busca e salvamento de migrantes no mar Mediterrâneo venham a causar milhares de mortesOs dirigentes da amnistia Internacional (aI) e da Human Rights Watch (HRW) estão preocupados com a possibilidade de ocorrerem milhares de mortes entre refugiados e migrantes, caso entre em vigor o Código de Conduta que regula o trabalho de busca e salvamento das organizações não governamentais (ONG) no mar Mediterrâneo. a semana passada, os ministros do Interior da União Europeia instaram as ONG a coordenar as suas ações de resgate e a melhorar a cooperação com a guarda-costeira líbia e anunciaram a intenção de criar um Código de Conduta, para evitar as organizações entrem em águas territoriais líbias. Mas para a diretora do gabinete de Instituições Europeias da aI, Iverna Mcgwan, as intenções de restringir as operações de resgate das ONG põem em risco milhares de vidas, ao limitar o acesso das embarcações de resgate às perigosas águas próximas da Líbia. as ONG estão no Mediterrâneo a resgatar pessoas porque a União Europeia (UE) não o faz. Dada a magnitude das tragédias no mar e os horríveis abusos a que os migrantes e requerentes de asilo enfrentam na Líbia, a UE devia trabalhar com Itália para melhorar o salvamento e não limitá-lo, refere, por sua vez, a diretora para Europa e Ásia central da HRW, Judith Sunderland.