Milhões de menores continuam a sofrer o impensável para um país que conquistou a independência. Vivem um retrocesso na educação, nutrição e no acesso aos serviços básicos de saúde
Milhões de menores continuam a sofrer o impensável para um país que conquistou a independência. Vivem um retrocesso na educação, nutrição e no acesso aos serviços básicos de saúde O Sudão do Sul assinalou este fim de semana o sexto aniversário da sua independência, mas ao contrário do que se esperava quando foi conquistada a autonomia, as esperanças e sonhos das crianças nunca se materializaram e o jovem país vive uma situação catastrófica, sendo os menores os que mais enfrentam os efeitos do conflito e do colapso dos serviços essenciais. O alerta é do representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Mahimbo Mdoe, que estima em dois milhões o número de crianças que se viram obrigadas a fugir de suas casas para escapar aos confrontos. Segundo o responsável, o Sudão do Sul é o país com maior índice de abandono escolar. Mais de um terço dos estabelecimentos de ensino foi atacado por grupos armados, o que deixou mais de dois milhões de menores sem acesso à educação. O colapso dos sistemas de saúde, água e saneamento, está a facilitar a propagação de doenças que poderiam ser evitadas e cerca de um milhão de crianças sofre de desnutrição aguda. Por outro lado, estima-se que 17 mil menores se encontrem neste momento a lutar ao lado das forças armadas e de grupos armados.