as consequências dos incêndios recentes em Pedrógão Grande continuam na ordem do dia. agora surge a confirmação de que os portugueses que tinham férias agendadas para aquela zona foram os primeiros a desmarcar
as consequências dos incêndios recentes em Pedrógão Grande continuam na ordem do dia. agora surge a confirmação de que os portugueses que tinham férias agendadas para aquela zona foram os primeiros a desmarcarParece que a solidariedade está ausente nas férias dos portugueses que tinham marcado esses dias de lazer para a zona de Pedrógão Grande. É um facto confirmado pelo Turismo do Centro que refere 15% de quebras na ocupação turística, em época alta naquela região.
O presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, em declarações à Lusa revelou que há 2. 025 camas na zona afectada pelos fogos, tendo-se registado episódios díspares quanto a cancelamentos e marcações, havendo registos de quebras, sobretudo de nacionais, e registos de reforço de reservas por parte de estrangeiros.



Em função da quebra na procura, o Turismo de Portugal criou um mecanismo para apoiar as empresas do sector afectadas face aos incêndios que deflagraram em Pedrógão Grande e Góis, anunciou a secretária de Estado do Turismo.

Criámos um mecanismo que possibilita o apoio à tesouraria das empresas turísticas que tenham quebras nesta fase, disse à agência Lusa a secretária de Estado do Turismo, ana Godinho, após uma reunião pública com autarquias e operadores turísticos afectados pelo incêndio de Pedrógão Grande em Junho passado. Segundo ana Godinho o orçamento desse mesmo mecanismo depende das necessidades que se forem identificando.


a reflorestação poderá ser determinante também para o turismo, considerando que este sector precisa de todos para olhar em frente acentuou a secretária de Estado. Durante a reunião foram apresentadas várias medidas de promoção do território afectado pelas chamas, estando em cima da mesa a criação de um calendário de eventos especial para atrair mais procura, como trails ou festivais de música, ficando ainda no ar a possibilidade de se criar um mapa das zonas não afectadas para quem visita a região.
Lembramos que os prejuízos directos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.



Em referência ao ano de 2016 o Turismo Centro Portugal apontou que o número de dormidas no centro aumentou para 4. 9 milhões, um crescimento de 9,74%, que fez do ano passado o melhor ano de sempre para a actividade turística no Centro de Portugal.

Dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o turismo revelaram que o número de cidadãos estrangeiros e nacionais que optaram pela zona centro do país aumentou respectivamente 12,3% e 7,9%.



Pedro Machado deixou uma mensagem aos portugueses: Este é o tempo para nenhum português deixar de visitar o Centro de Portugal, pois é a única forma de ajudar a manter em funcionamento os empreendimentos hoteleiros e de restauração situados na região.

Seria positivo que os portugueses demonstrassem mais solidariedade nestas circunstâncias, mas também não podemos exigir que em tempo de lazer não haja uma escolha natural para um merecido descanso. Se for possível conciliar ambas, será excelente e em benefício de todos.