Comissão Episcopal Justiça e Paz moçambicana emitiu um comunicado a pedir a declaração de inconstitucionalidade da inclusão das dívidas ocultas por parte da assembleia da República
Comissão Episcopal Justiça e Paz moçambicana emitiu um comunicado a pedir a declaração de inconstitucionalidade da inclusão das dívidas ocultas por parte da assembleia da República Não podemos permitir que ao povo moçambicano seja imputada a responsabilidade de pagar com a miséria, sangue e morte as dívidas contraídas em seu nome de forma ilegal e inconstitucional. É desta forma que a Igreja Católica se dirige aos moçambicanos, através da Comissão Episcopal Justiça e Paz, exigindo a responsabilização dos que contraíram e esconderam dívidas públicas. Na mensagem, difundida pela imprensa moçambicana, os bispos recordam que ninguém está obrigado a obedecer à disciplina de qualquer partido político ou aos seus dirigentes, contradizendo a sua consciência. Não podemos colocar um partido nem os seus dirigentes acima da justiça, do amor a Deus e do amor aos irmãos. No final dos nossos dias, seremos julgados conforme o amor. Não levaremos riquezas nem poder, afirmam. Segundo a auditoria às dívidas ocultas de Moçambique, continuam a subsistir dúvidas sobre como foram gastos cerca de 1,7 mil milhões de euros, contraídos por três empresas estatais entre 2013 e 2014. após ter rebentado o escândalo das dívidas ocultas, a moeda desvalorizou a pique e a inflação subiu até 25 por cento, agravando a vida naquele que é um dos países mais pobres do mundo.