Equipas humanitárias pedem financiamento e condições de segurança para atenderem milhares de crianças que sofrem de cólera e diarreia no Iémen, Sudão, Somália e Sudão do Sul
Equipas humanitárias pedem financiamento e condições de segurança para atenderem milhares de crianças que sofrem de cólera e diarreia no Iémen, Sudão, Somália e Sudão do Sul O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou esta semana um alerta para a necessidade urgente de financiamento e segurança para que os trabalhadores humanitários possam chegar às centenas de milhares de crianças que sofrem de cólera e diarreia no Iémen, Sudão, Somália e Sudão do Sul. Segundo o porta-voz da agência, Christophe Boulierac, o Iémen enfrenta o pior surto de cólera do mundo, com mais 260 mil casos suspeitos, metade deles em menores. Mais de 1. 600 pessoas morreram. No Sudão do Sul, a doença começou a propagar-se em junho do ano passado e pela primeira vez durou toda a temporada de seca. Há registo de mais de 6. 800 casos suspeitos, mais de metade em crianças. a somar a isto, perto de 290 mil menores têm problemas de desnutrição grave. Na Somália, cerca de 53 mil casos de cólera foram identificados, três vezes mais que no ano passado e 10 vezes mais que em 2015. De acordo com Boulierac, cerca de 1,4 milhões de crianças podem estar desnutridas, 275 mil delas de forma grave. Já no Sudão, foram notificados mais de 20 mil casos de diarreia aguda, com mais de 400 mortes. Para responder a esta situação de crise humanitária, os responsáveis da UNICEF, outras agências da ONU e parceiros humanitários aumentaram suas ações, mas continuam a enfrentar grandes desafios, incluindo o acesso limitado a muitas das zonas afetadas e a necessidade de recursos.