O reforço do investimento nos cuidados de saúde das crianças mais pobres e nas suas comunidades pode ajudar a salvar vidas, segundo os responsáveis do Fundo das Nações Unidas para a Infância
O reforço do investimento nos cuidados de saúde das crianças mais pobres e nas suas comunidades pode ajudar a salvar vidas, segundo os responsáveis do Fundo das Nações Unidas para a Infância Se a comunidade internacional não adotar novas medidas para reduzir a mortalidade infantil, em 2030 podem morrer cerca de 70 milhões de crianças, antes de completarem os cinco anos. O alerta é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que divulgou um novo relatório onde apela à necessidade urgente de mais investimento na saúde dos mais pobres. O documento reflete os dados de 51 países onde ocorrem 80 por cento das mortes de crianças até aos cinco anos. Das mais de um milhão de vidas de crianças salvas nessas nações, 85 por cento eram pobres. E os especialistas realçam que por cada milhão de dólares investido no setor da saúde de países desenvolvidos, é possível salvar quase o dobro de vidas nas regiões mais pobres. Para ajudar a minimizar a mortalidade infantil, é sugerido o uso de redes mosquiteiras com inseticida, o incentivo à amamentação, o cuidado pré-natal e a vacinação. O líder da UNICEF, anthony Lake, pede ainda aos governos que trabalhem para acabar com as mortes que podiam ser evitadas, recordando que uma criança saudável tem mais hipótese de aprender na escola e de receber salários melhores quando adulto.