Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde revela que os mais desfavorecidos continuam a ter dificuldades de acesso a consultas de especialidade e aos medicamentos
Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde revela que os mais desfavorecidos continuam a ter dificuldades de acesso a consultas de especialidade e aos medicamentos É uma situação crónica do nosso sistema de saúde. as pessoas com menos recursos cada vez têm mais dificuldades de acesso, afirma aranda da Silva, porta-voz da coordenação do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde divulgado esta quarta-feira, 28 de junho. O documento conclui que as barreiras no acesso aos cuidados de saúde permanecem relevantes em Portugal. De acordo com o estudo, os mais pobres continuam a ter menos acesso a consultas de especialidade, sobretudo de saúde oral e mental, bem como a medicamentos. Na área da saúde oral e da saúde mental, foram encontradas limitações fortes no acesso que afetam de forma desproporcional os mais pobres. Quanto ao acesso a medicamentos, aranda da Silva, citado pela agência Lusa, recorda que a medicação é a principal fonte de despesas em saúde nas famílias, pelo que, na ausência de isenções, é natural que os mais carenciados encontrem dificuldades de acesso. O Observatório fez uma comparação com os restantes países da Europa ao nível das dificuldades de acesso à saúde e concluiu que Portugal não tem maiores barreiras, mas são mais marcadas do ponto de vista económico e de restrições financeiras.