Vou de coração aberto para poder abraçar aquela terra e aqueles costumes e perceber as suas necessidades e como as colmatar
Vou de coração aberto para poder abraçar aquela terra e aqueles costumes e perceber as suas necessidades e como as colmatarO meu nome é Joana Nogueira, tenho 23 anos e sou enfermeira. Nasci em Lisboa e habito atualmente em Sintra. Sou católica e frequento um grupo de jovens na minha área de residência já há sete anos.como tal, durante a minha adolescência, todo o meu crescimento e até durante o meu percurso académico, fui sempre direcionada para a vida em comunidade, para o apoio ao outro e para amar o próximo. Quando surgiu esta oportunidade de partir em missão e de poder fazer este tipo de voluntariado exterior, percebi que era de facto uma oportunidade única que não poderia desperdiçar. Vou de coração aberto para poder abraçar aquela terra e aqueles costumes e perceber as suas necessidades e como as colmatar. Vou principalmente com o objetivo de ajudar os que mais precisam, pela partilha de experiência em grupo e também pelo meu próprio autoconhecimento. Pretendo com este tempo que lá passar, não só crescer enquanto pessoa a nível espiritual e cultural, crescer na minha profissão, e contribuir objetivamente com as atividades que me forem propostas pela missão. O caminho para se ir não é de todo fácil. Existem muitas variantes em jogo como a família, os namorados, os empregos, os amigos. Existe toda a uma preparação, cultural, espiritual e religiosa, que nos coloca no caminho certo para este tipo de voluntariado. Iniciámos esta preparação há cerca de cinco meses e todas as semanas cresço sempre um pouco mais. É durante esta preparação que também nos damos conta o quanto empenhados estamos com esta experiência. Exige que nos conheçamos a nós próprios, que olhemos para os nossos defeitos e medos e aprendamos a partilhámos e a jogar com eles. Mas mais do que isso, implica que eu deixe os meus companheiros de missão me conhecerem tão bem quanto me conheço a mim. O meu emprego por turnos foi e é o maior obstáculo que tenho desde o início desta caminhada, pois retira-me muito tempo e algumas oportunidades para estar presente em atividades seja de preparação, seja de angariações de fundos, mas tenho tentado ao máximo estar presente em todos os momentos, pois é nestes momentos que criamos a relação uns com os outros, não só de amizade mas também de confiança e companheirismo. Considero que tem sido uma aprendizagem e um caminho gratificante e cada mês que passa, fico mais ansiosa por ir.